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COBRAS

COBRAS

Cobras
As cobras são os mais conhecidos dentre os répteis desprovidos de pernas. Pertencem à classe Reptilia(répteis). Muitos cientistas agrupam-nas com os lagartos na ordem Squamata, e classificam-nas na subordem Serpentes ou Ophidia.
 
Elas formam uma grande divisão de répteis, que pode apenas ser comparada em tamanho com a dos lagartos. Devido ao sangue-frio esses répteis encontram mais facilidade em viver em locais quentes, o que explica a grande concentração de cobras nos trópicos, faixa que além de abrigar um grande número desses animais também é a morada das maiores que se conhece. A gigantesca sucuri da América do Sul e o pitão-reticulado da Ásia podem chegar a ter 10 metros de comprimento. Por outro lado, no mundo existem também cobras muito pequenas, que não ultrapassam os 13 cm de comprimento.
 
As cobras estão em quase todos os países do mundo, em maior ou menor quantidade, sendo raros os país que não apresentam nenhum tipo desse réptil, resumindo, basicamente, a Açores, Irlanda e Nova Zelândia.
 
Principais características
 
Muitas pessoas associam mentalmente as cobras às minhocas e às enguias. As únicas coisas que esses animais têm em comum são a forma e o sangue frio. As cobras não são viscosas como os vermes e as enguias, mas secas e lisas. Seu corpo é coberto de escamas. A cobra não ouve os sons transmitidos através do ar; ouve sentindo as vibrações do chão. O olho das cobras é protegido por uma capa transparente, que muda junto com a pele; não existem pálpebras móveis. Essa cobertura mantém os olhos delas sempre abertos, o que torna difícil saber se uma cobra está dormindo ou não.
 
A língua de uma cobra é longa, delgada e em forquilha. A cobra, enquanto anda, costuma dar pequenos toques no chão com a língua, porque essa é o seu órgão de tato. Também usa a língua para pegar coisas muito pequeninas e colocá-las em duas cavidades minúsculas que se encontram no céu da boca. As cavidades, conhecidas como órgão de Jacobson, são ligadas ao sentido do olfato. Ao recolher as partículas, a língua ajuda a cobra a sentir os cheiros. Esse órgão é muito bem desenvolvido nas cobras, sendo extremamente útil para seguir trilhas de presas e para o reconhecimento sexual.
 
A cobra, como a enguia, tem uma coluna vertebral. Essa é uma longa cadeia de cerca de 300 ossos pequenos, ou vértebras (o homem tem apenas 33 vértebras.). Com essa longa corrente de ossos, a cobra pode rastejar, subir em árvores e nadar. Ela se dobra e se enrola facilmente porque tem todas essas juntas.
 
Sua mandíbula inferior pode-se abrir lateralmente, dividindo-se ao meio, para facilitar a deglutição. Ou seja, cada parte da mandíbula inferior pode-se mover independentemente quando a presa entra na boca. A cobra também não tem o osso esterno, que é ligado às costelas. Isso permite que a sua caixa torácica possa se abrir sempre que haja deglutição de uma presa maior que o diâmetro do seu corpo.
 
 
Uma das mais notáveis características da cobra é o modo como come. Tem que engolir o alimento inteiro, porque seus dentes são pontudos como agulhas, e não se prestam para mastigar. São curvados na direção da garganta para agarrarem melhor. Os ossos da mandíbula da cobra são frouxamente ligados uns aos outros e ao crânio, de forma que ela pode separá-los e engolir um animal duas ou três vezes mais volumoso do que a sua cabeça. Seus poderosos sucos gástricos digerem todo o animal, com a exceção das penas ou pêlos. Uma cobra sã pode passar um ano ou mais sem alimentos. Mas em geral as cobras comem a intervalos regulares, e muito, armazenando o alimento em excesso sob forma de gordura.
 
Uma vez que podem engolir grandes pedaços, podem comer muitas espécies de animais, entre eles rãs, lagartos, aves e pequenos mamíferos. As grandes sucuris chegam a comer mamíferos como a capivara, a anta, o veado. Os animais de corpos compridos são mais fáceis de engolir. Os lagartos e as outras cobras são alimentos favoritos. Isso não quer dizer que as cobras comam indivíduos da própria espécie. Os zoólogos afirmam que as diversas espécies de cobras não são mais próximas em termos de parentesco do que os homens em relação ao gado que lhes serve de alimento. Algumas cobras tropicais do tamanho de minhocas comem pequenos insetos de corpo mole.
 
Cobras não venenosas, que se alimentam de animais muito ativos como os mamíferos e aves, que poderiam machucá-la em um duelo com seus dentes e bicos, desenvolveram métodos para imobilizar as presas. Essas cobras enrolam-se rapidamente em torno do corpo da presa, sufocando-a; chegam a matar a presa por asfixia. Outras cobras desenvolveram glândulas de veneno associadas a dentes, assim, o veneno é inoculado na presa no momento da mordida.
 
É difícil para uma cobra rastejar numa superfície plana e lisa. Cada curva de seu corpo precisa ter alguma coisa no chão que ajude a dar impulso ao movimento. Quando todas as curvas se contorcem no tempo certo, a cobra pode rastejar com um movimento rápido e bonito. Ao se mover, não levanta o corpo do chão, apenas o torce de um lado para outro.
 
As cobras são animais de sangue frio, como todos os outros, exceto os mamíferos e as aves. É por isso que pode-se sentir sua temperatura fria quando se toca nelas. O corpo do homem é sempre quente, mas o corpo da cobra acompanha mais ou menos a temperatura do ambiente. Quando toma banho de sol, ela sente calor, porque seu corpo absorve calor. As cobras e os homens podem suportar os mesmos graus de calor. Elas, porém, podem agüentar um frio muito maior. Não morrem enquanto a temperatura não chega ao ponto de congelamento.
 
As cobras desenvolvem-se muito bem nos trópicos, como outros animais que não podem controlar a própria temperatura. Têm dificuldades em evitar as duras condições de inverno, e quase não há cobras nas regiões polares. Nas zonas temperadas, passam o inverno enfurnadas no chão, ou em outro lugar que seja suficientemente quente. Essa maneira de passar o inverno se chama hibernação. A densa folhagem dos trópicos normalmente lhes fornece proteção suficiente contra o sol. Os períodos muito secos que ocorrem em algumas regiões fazem as cobras sentirem muito calor. Então elas se escondem da mesma maneira que as cobras das regiões temperadas no inverno. Assim não apenas hibernam no inverno mas também, quando necessário, passam o verão na inatividade.
 
 
Desenvolvimento
 
A maioria das cobras nasce de ovos, fora do corpo da mãe. Mas algumas se desenvolvem dentro do corpo da mãe antes do nascimento. Em ambos os casos, os filhotes sabem cuidar de si. Podem passar meses sem comida, se for o caso. O número de filhotes de uma ninhada difere em cada espécie de cobra. Algumas espécies têm uns poucos filhotes de cada vez enquanto outras têm dúzias deles, ou mais.
 
Os zoólogos têm encontrado dificuldades em estudar o crescimento das cobras, uma vez que elas só podem ser estudadas em cativeiro. As espécies que têm sido estudadas crescem rapidamente, e atingem a maturidade em cerca de dois anos. Algumas cobras comuns têm cerca de 15 cm de comprimento quando nascem. Na maturidade, medem cerca de 45 cm. O pitão-reticulado, uma das maiores cobras existentes, tem cerca de 90 cm ao nascer. Com o desenvolvimento completo, pode atingir nove metros, e pesar cerca de 90 kg. Os cientistas acreditam que a maioria das cobras vive por um período de 20 a 30 anos.
 
Não é incomum encontrarem-se peles de cobra quase inteiras sobre pedras ou arbustos. As cobras mudam completamente de pele várias vezes por ano. Despem a pele antiga, virando-a pelo avesso, e deixam-na para trás como um tubo. Esse processo se chama muda.
 
 
Veneno e tratamento
 
Na maioria dos casos, não há muito motivo para temer uma cobra. São conhecidas cerca de 2.700 espécies de cobras, mas apenas a minoria delas oferecem perigo ao homem. Muitas regiões estão inteiramente livres de cobras venenosas. Por outro lado, as cobras têm uma função importante dentro do ecossistema. Como predadoras que são, regulam o crescimento das populações de algumas espécies como roedores, por exemplo. Indiretamente as cobras tornam-se úteis ao homem, visto que muitas espécies de roedores são nocivas ao homem, podendo inclusive arruinar colheitas.
 
O tratamento de uma mordida de cobra depende de saber se essa é ou não venenosa. Se a cobra não é venenosa, a mordida deve ser cuidadosamente lavada com água e sabão. Uma mordida de cobra venenosa exige cuidados médicos. Em muitos casos, a mordida de uma cobra venenosa pode ser reconhecida por uma ou mais picadas causadas pelas presas. Em comparação, uma cobra não venenosa deixa apenas um grupo de sinais superficiais da dentada, às vezes de forma parecida com a de uma ferradura.
 
A primeira coisa a fazer, em caso de mordida de cobra, é chamar o médico. Se o consultório do médico ou o hospital ficam próximos o melhor é conduzir até lá o paciente, movimentando-lhe o corpo o menos possível, porque a atividade faz o veneno espalhar-se mais depressa. O local da mordida deve ser mantido em nível mais baixo que o do coração.
Se não houver médico por perto, e enquanto não se aplica o soro antiofídico, devem-se tomar as seguintes providências:
 
1. Aplique um torniquete (faixa apertada) acima da ferida. Deve ficar justo, mas com espaço suficiente para se pôr um dedo entre ele e a pele. O torniquete deve ser afrouxado durante 90s de dez em dez minutos. Esse tratamento deve ser evitado ou pelo menos não deve ser usado de forma prolongada, pois se o veneno for de ação hemolítica pode haver uma necrose dos tecidos locais.
 
2. Esterilize um canivete ou lâmina de barbear (pode-se fazê-lo com uma chama). Faça em seguida um único corte, paralelo ao membro, em cada marca de dente e sobre a área em que o veneno parece estar mais concentrado.
 
3. Faça sucção nos cortes, para remover o veneno. Isso pode ser feito com ventosas. Se não houver ventosas à mão, suga-se com a boca, cuspindo imediatamente o veneno. Mas é preciso que a pessoa que realiza a sucção não tenha aftas, cáries ou qualquer ferimento na boca, por que o veneno pode cair em sua corrente sangüínea. A sucção deve ser praticada durante 30 a 60 minutos. Se o veneno se espalha, deve-se aplicar outro torniquete no membro, num local acima do primeiro.
 
4. Lave a ferida e aplique um curativo. A vítima pode beber água, a menos que tenha náuseas ou vômitos. Não deve tomar bebida alcoólica de espécie alguma.
 
5. Procure tranqüilizar a vítima, pois o aumento da freqüência cardíaca poderá espalhar mais rapidamente o veneno pelo organismo.
 
No Brasil o Instituto Butantã é o pioneiro na preparação do soro antiofídico. O soro é preparado a partir do próprio veneno da cobra. O veneno é inoculado em um cavalo, em pequenas doses que são aumentadas gradativamente para que o cavalo produza anticorpos. Quando a quantidade de anticorpos no sangue é satisfatória, retira-se uma certa quantidade de sangue, proporcional ao tamanho do cavalo, para que também não lhe faça falta. Em seguida é feito o fracionamento do sangue.
 
A Austrália conta com algumas das cobras mais venenosas do mundo. O veneno de algumas delas é capaz de matar um elefante em pouco tempo. No entanto, mesmo carregando venenos tão letais, estas cobras não contam com longas presas, mas sim com curtas e delicadas, que geralmente não ultrapassam 5 milímetros de comprimento. Isso faz com que muitas vezes a pessoa picada nem mesmo sinta a mordida, que em diversos casos parece apenas um arranhão.
 
Isso pode ser um perigo ainda maior em casos de venenos poderosos, que podem matar uma pessoa em cerca de 20 minutos. A única forma de identificar é ver se o “arranhão” não para de sangrar, se não, há uma grande chance que tenha sido uma picada de cobra, devido ao anticoagulante que há em seu veneno. Assim, a melhor forma de evitar uma indesejada mordida é simplesmente usar calças compridas, o que naturalmente irá impedir que a cobra chegue com seus dentes até a pele da pessoa.

Pele

A pele das cobras é coberta por escamas. A maioria das cobras usa escamas especializadas no ventre para se mover, agarrando-se às superfícies. As escamas do corpo podem ser lisas ou granulares. As suas pálpebras são escamas transparentes que estão sempre fechadas. Elas mudam a sua pele periodicamente. Ao contrário de outros répteis, isto é feito em apenas uma fase, como retirar uma meia. Pensa-se que a finalidade primordial desta é remover os parasitas externos. Esta renovação periódica tornou a serpente num símbolo de saúde, como por exemplo o símbolo da medicina: o bastão de Esculápio. Em serpentes "avançadas" (Caenophidian), as escamas da barriga e as fileiras largas de escamas dorsais correspondem às vértebras, permitindo que os cientistas contem as vértebras sem ser necessária a dissecação.

Sentidos

Apesar da visão não ser particularmente notória (geralmente sendo melhor na espécie arboreal e pior a espécie terrestre), não impede a detecção do movimento. Para além dos seus olhos, algumas serpentes (crotalíneos - ou cobras-covinhas - e pítons) têm receptores infravermelhos sensíveis em sulcos profundos entre a narina e o olho chamados de fossetas loreais que lhes permite sentir o calor emitido pelos corpos.Isto é extremamente útil em lugares com pouca luminosidade. Como as serpentes não têm orelhas externas, a audição consegue apenas detectar vibrações, mas este sentido está extremamente bem desenvolvido. Uma serpente cheira usando a sua língua bifurcada para captar partículas de odor no ar e enviá-las ao chamado órgão de Jacobson, situado na sua boca, para examiná-las. A bifurcação na língua dá à serpente algum sentido direccional do cheiro.

Órgãos internos

O pulmão esquerdo é muito pequeno ou mesmo ausente, uma vez que o corpo em forma tubular requer que todos os órgãos sejam compridos e estreitos. Para que caibam no corpo, só um pulmão funciona. Além disso muitos dos órgãos que são pares, como os rins ou órgãos reprodutivos estão distribuídos ao longo do corpo em que um está à frente do outro, sendo um exemplo de excepção da simetria bilateral .

Locomoção

As cobras usam quatro métodos de locomoção que lhes permitem uma mobilidade substancial mesmo perante a sua condição de répteis sem pernas.

Todas as cobras têm a capacidade de ondulação lateral, em que o corpo é ondulado de lado e as áreas flexionadas propagam-se posteriormente, dando a forma de uma onda de seno propagando-se posteriormente.

Além disto, as cobras também são capazes do movimento de concertina. Este método de movimentação pode ser usado para trepar árvores ou atravessar pequenos túneis. No caso das árvores, o tronco é agarrado pela parte posterior do corpo, ao passo que a parte anterior é estendida. A porção anterior agarra o tronco em seguida e a porção posterior é propelida para a frente. Este ciclo pode ocorrer em várias secções da cobra simultaneamente (este método originou a afirmação errônea de que as cobras "andam nas próprias costelas"; na verdade as costelas não movem para frente e para trás em nenhum dos 4 tipos de movimento). No caso de túneis, em vez de se agarrar, o corpo comprime-se contra as paredes do túnel criando a fricção necessária para a locomoção, mas o movimento é bastante semelhante ao anterior.

Outro método comum de locomoção é locomoção rectilínea, em que uma cobra se mantém recta e se propele como de uma mola se tratasse, usando os músculos da sua barriga. Este método é usado normalmente por cobras muito grandes e pesadas, como pítons e víboras.

No entanto, o mais complexo e interessante método de locomoção é o zig-zag, uma locomoção ondulatória usada para atravessar lama ou areia solta.

Nem todas as cobras são capazes de usar todos os métodos. A velocidade máxima conseguida pela maioria das cobras é de 13 km/h, mais lento que um ser humano adulto a correr, excepto a mamba-negra que pode atingir até 20 km/h.

Nem todas as cobras vivem em terra; cobras marítimas vivem em mares tropicais pouco profundos.

Reprodução

As cobras usam um vasto número de modos de reprodução. Todas usam fertilização interna, conseguida por meio de hemipénis bifurcados, que são armazenados invertidamente na cauda do macho. A maior parte das cobras põe ovos e a maior parte destas abandona-os pouco depois de os pôr; no entanto, algumas espécies são ovovivíparas e retém os ovos dentro dos seus corpos até estes se encontrarem prestes a eclodir.

Recentemente, foi confirmado que várias espécies de cobras desenvolvem os seus descendentes completamente dentro de si, nutrindo-os através de uma placenta e um saco amniótico. A retenção de ovos e os partos ao vivo são normalmente, mas não exclusivamente, associados a climas frios, sendo que a retenção dos descendentes dentro da fêmea permite-lhe controlar as suas temperaturas com maior eficácia do que se estes se encontrassem no exterior.

Tipos de dentição em serpentes

Os diferentes tipos de dentição em serpentes possibilitam a diferenciação das espécies peçonhentas das não-peçonhentas.

As serpentes podem apresentar quatro tipos de dentição: áglifa, opistóglifa, proteróglifa e solenóglifa.

Áglifa

Tipo de dentição característico das serpentes sem aparelho inoculador de veneno. Estas serpentes atacam, geralmente, por constrição.

 

Opistóglifa

Tipo de dentição característica de determinadas espécies de serpentes, cujos dentes inoculadores de veneno se encontram parte posterior do maxilar superior, apresentando, assim, perigo altamente reduzido para o homem. Dentição característica de alguns membros da família Colubridae.

Proteróglifa

Tipo de dentição característica das serpentes da família Elapidae. Apresentam dois dentes inoculadores de veneno na parte anterior do maxilar superior, de carácter marcadamente forte, não retráteis.

Solenóglifa

Dentição característica das serpentes da família Viperidae. Os membros desta família possuem dois dentes retrácteis, inoculadores de um potente veneno de caráter neurotóxico, hemotóxico e/ou citotóxico, localizados na parte anterior do maxilar superior. Dependendo da espécie, o veneno é mais ou menos forte, sendo normalmente o suficiente para ser fatal ao ser Humano. Os dentes inoculadores são projetados para fora durante o ataque, permitindo ao animal inocular uma quantidade de veneno maior do que uma serpente da família das proteroglifas. Isso agrava ainda mais a conseqüência da picada.

Alimentação

Com relação à alimentação, as cobras são carnívoras e, na maioria dos casos, se alimentam de ratos, peixes, sapos e rãs. Existem também as que se alimentam de outros répteis, que podem ser desde pequenos lagartos até outras cobras. Serpentes não-peçonhentas, como a jibóia e a sucuri, matam suas presas por constrição. Depois de se enrolarem no corpo da presa, elas apertam fortemente até que a caça pare de se mexer. Outras, além da técnica do estrangulamento, usam uma saliva tóxica que injetam com o dente. As peçonhentas usam seu veneno para paralisar e matar a presa. Após a morte, a serpente engole sua presa inteira sem mastigá-la. A digestão se dá totalmente no estômago.
 
Equilíbrio ecológico

Pelo fato de as serpentes caçarem uma grande variedade de animais, alguns considerados pragas para os seres humanos, como os ratos, esses répteis são importantes no controle populacional de outros animais. As cobras ainda atuam no controle de populações de outras cobras. É o caso da muçurana, que se alimenta de jararacas. Como as serpentes são animais silvestres com importante papel no equilíbrio ecológico, elas recebem a proteção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).